Este ano haverá mais cortes nas prendas. Não posso deixar de dar as prendinhas de Natal às crianças da família. Crianças que adoro de coração e que só não são minhas porque não as tive. De resto, o meu amor por elas é imenso e sem preço.
Claro que para os adultos há os cortes, mas há sempre um miminho, ainda que mais pequeno.
Lembro-me de quando era pequenita a minha mãe costumava dar coisas da horta às pessoas que iam lá ao "monte". Não havia lojas, não havia "shopping", nem "retail parks". Apenas o que a nossa Mãe Natureza nos dá. E as pessoas saíam lá de casa felizes com um saquinho de batatas, um repolho... umas batatinhas doces, ovos...
Hoje em dia, as pessoas estão muito materialistas. E o comércio sabe disso, logo o aguçar o apetite pelas compras desenfreadas é uma constante que vemos nos centros comerciais, nas lojas, nas ruas. Custa-me muito ver as pessoas que estão meses sem falar com um irmão e no Natal correm à loja para comprar o último modelo do XPTO para oferecer, quando muitas das vezes o essencial não fez: telefonar durante os meses em que o deveria ter feito.
Não posso criticar porque cada um tem a sua vida, o seu "karma", para quem acredita.
Por isso, este ano as crianças levam todas um livro. Ler é o caminho para aprender. E, a enfeitar o embrulho, uma sombrinha de chocolate Regina :)
Os adultos, apenas dou a alguns que estão sozinhos e que um miminho é um conforto.
Os valores do Natal já se perderam há muito. O Amor, a Fraternidade, a Amizade, a Paz são tudo presentes que devíamos dar o ano inteiro, e mais ainda no Natal, junto a uma garrafinha de vinho e a uns chocolates bem docinhos :)